Sexta-feira, 18.09.09

Porque hoje é Sexta.../Especial Bruce Springsteen #4


(1973. Da esquerda para a direita: Clarence Clemmons, Bruce Springsteen,
David Sancious, Vini 'Mad Dog' Lopez, Danny Federici, Garry Tallent)


The E Street Shuffle
Kitty's Back
publicado por Olavo Lüpia às 09:00 | link do post | comentar | feedbacks (2)

Especial Bruce Springsteen #3 - "The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle"


Ainda em 1973, no mês de Setembro, Springsteen lança o seu segundo disco, "The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle". Para mim, um dos melhores do homem. Um disco de poucas, mas grandes músicas.

Para surpresa de muitos que possam não conhecer totalmente a discografia do homem, é um disco onde a 'música negra' (usemos esta denominação grossa para facilitar) tem um grande papel de destaque. Tem muito soul, muito R&B, muito funk. Acaba por se notar muito a influência do excelente pianista jazz David Sancious. Aliás, a banda - que aí ainda não se chamava oficialmente E Street Band - acaba por ficar com o nome da rua onde morava a mãe de Sancious, num dos bairros de New Jersey. Diga-se que Sancious acaba por brilhar um pouco por todo o disco, com especial destaque o solo de órgão de Kitty's Back ou a introdução de antologia New York City Serenade, que acaba o disco.

O feel do disco é muito 'ao vivo' e em algumas alturas os tons são muito jazzy, dando a sensação de termos apanhado algum ensaio gravado da banda. Os temas (7, ao todo) apresentam uma duração média a rondar os 6,5/7 minutos. A presença dos metais é incontornável e o sentimento funk/soul está presente em The E Street Shuffle ou Kitty's Back, enquanto que Rosalita (Come Out Tonight) é a autêntica festa rock n' roll.

Mas não é apenas disto que vive o disco, temos também a balada imortal com inspiração no Van Morrison de "Astral Weeks" (1968) - uma presença que paira sobre algumas partes do disco -, 4th Of July, Asbury Park (Sandy), ou a fabulosa 'folkalhada' de Wild Billy's Circus Story, onde a guitarra e harmónica de Springsteen (creio ser a única aparição da harmónica nos primeiros dois discos de Springsteen, o que também não deixa de ser surpreendente) se juntam ao acórdeão de Danny Federici e à tuba do baixista Garry Tallent para contar a história de uma cambada de personagens 'freak' de um circo em digressão. E temos tudo isto e mais outro tanto na música que acaba o disco, um 'tour de force' de dez minutos, New York City Serenade.

Liricamente, é um disco de histórias dos subúrbios e o rol de personagens, todas elas mais ou menos disfuncionais é impressionantemente extenso: Power Thirteen e sua senhora, Little Angel; a Sandy; Catlong, Kitty, Sally, Big Pretty and Jack Knife; um circo inteiro (o anão, a gorda 'Big Mama', trapezistas, o engolidor de fogo...); o 'Spannish Johnny' e a 'Puerto Rican' Jane; Rosalita e seus pais; Billy e 'Diamond' Jackie, entre outros.

Um belíssimo trabalho, portanto, bem aceite pela crítica, como o anterior, mas, igual que tal, com muito pouco sucesso comercial. Alguns temas serão, com certeza, uma surpresa para quem não conhecer bem a discografia de Springsteen.

Wild Billy's Circus Story
New York City Serenade
publicado por Olavo Lüpia às 00:50 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Quinta-feira, 17.09.09

Especial Bruce Springsteen #2 - "Greetings From Asbury Park, N.J."


No começo de 1973, Bruce Springsteen inicia-se nos Long Play's, com um "olá!" efusivo da sua terra natal.
A E Street Band estava formada, contando nesta altura com o 'braço direito', o 'Big Man' Clarence Clemmons no saxofone, Garry W. Tallent no baixo (ambos ainda hoje membros da banda), 'Phantom' Danny Federici nas teclas (membro da banda até à sua morte, devido a um melanoma, no ano passado), David Sancious no piano e Vini 'Mad Dog' Lopez na bateria (membros da banda até 1974).

Blinded By The Light

O disco começa com um Springsteen em aturada consulta ao seu dicionário de rimas [*], com as sonoridades, rock, jazz e R&B de Blinded By The Light - música que, apesar de ter sido à altura lançada como single, apenas teve alguma notoriedade quando, alguns anos depois foi objecto de uma versão pela Manfred Mann's Earth Band.

Belíssimas histórias: o retrato romanceado do crescimento, em Growin' Up; a saga de Mary Queen of Arkansas, que exerce um domínio quase obsessivo, muito amor e algum ódio, sobre o seu cantor («You're not man enough for me to hate/Or woman enough for kissing»); a escuríssima história do anjo que se faz acompanhar de crianças corcundas, com veneno a escorrer do motor (The Angel); e uma saída ébria de um grupo de amigos num sábado à noite, em Spirit In The Night.
Nele podemos encontrar uma grande heterogeneidade de sons, o folk (Mary Queen of Arkansas, The Angel) dá lugar ao R&B (For You, Spirit In The Night ou It's Hard To Be a Saint In The City), que dá lugar ao pop e o rock (Growin' Up).

Mary Queen Of Arkansas

A escolher uma música como peça principal de um excelente disco inicial, as honras têm que ser feitas a Lost In The Flood: rock progressivo sombrio, narrando o folclore, ora heróico (Jimmy, The Saint) ora lúgubre, de New Jersey.

Lost In The Flood

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Terça-feira, 15.09.09

Intermission - 3 Is A Magic Number [*]


3 Is A Magic Number, Bob Dorough
excerto do programa televisivo americano "Schoolhouse Rock!" (1973)

_______________________
[* Muito obrigado a todos (sim, vocês os três, que ainda por cá passam) por estes três anos.]
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Quarta-feira, 03.12.08

Decomposing Composers #8/Assustadoramente belo

Odetta
[31.12.1930-02.12.2008]

'Buked And Scorned, "The Tin Angel" (1954)
Easy Rider, "Sings Ballads And Blues" (1956)
Timber, "At The Gate of Horn" (1957)
God's A-Gonna Cut You Down, "Odetta at Carnegie Hall" (1960)
Don't Think Twice, It's All Right, "Odetta Sings Dylan" (1965)
Take This Hammer (ao vivo), "The Essential Odetta (compilação)" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 16:34 | link do post | comentar
Terça-feira, 16.09.08

Sob O Efeito de Hipnóticos/Decomposing Composers #6 ou The Great Gig In The Sky


Rick Wright [28.07.1943-15.09.2008] fundou os Pink Floyd, sendo o som das suas teclas um dos grandes responsáveis pelo psicadelismo do som dos primeiros tempos da banda, quer pela riqueza melódica, quer pelo ruído e dessintonias - dois lados bem patentes, por exemplo, em Pow R. Toc H. do disco de estreia dos Floyd (veja-se também este vídeo de Interstellar Overdrive, da mesma altura - extraído do hiper-recomendável April Skies do 'olheiro' M.A.).
Após ter lançado o seu primeiro disco, "Wet Dreams" (1978), Roger Waters destituiu-o da qualidade de membro da banda para, em seguida, o contratar como músico de acompanhamento, estatuto que foi tendo desde esses tempos até aos de "Division Bell" (1994), no qual volta a compor para os Pink Floyd.
Desde aí, lançou o seu segundo disco em 1996, com o nome "Broken China", e foi tocando ao vivo com a banda de sempre.
Com a sua morte, pressupõe-se que sejam definitivamente colocados de parte os rumores que apontavam para uma possível reunião dos Pink Floyd, que vêm desde que Waters, David Gilmour, Nick Mason e Wright tocaram juntos no espectáculo Live 8, no Verão de 2005.
Só resta desejar a Wright que 'parta uma perna' no grande concerto no céu.

Pow R. Toc H. - Pink Floyd
"The Piper At The Gates Of Dawn" (1967)
Saint Tropez - Pink Floyd
"Meddle" (1971)
The Great Gig In The Sky - Pink Floyd
"Dark Side of The Moon" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 07:00 | link do post | comentar | feedbacks (3)
Sexta-feira, 15.08.08

Porque hoje é Sexta...


Signed, Sealed, Delivered I'm Yours - Stevie Wonder
"Signed, Sealed, and Delivered" (1970)
Higher Ground - Stevie Wonder
"Innervisions" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 02:15 | link do post | comentar
Sexta-feira, 08.08.08

Porque hoje é Sexta.../Summertime


The Ocean, Led Zeppelin
performance ao vivo no Madison Square Garden, NY, 1973 - "Led Zeppelin (DVD)" (2003)
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Sexta-feira, 04.07.08

4th of July, Asbury Park

Em 1973 ficava registado um lindíssimo momento da ainda jovem carreira de Bruce Springsteen, retratando a 'fauna' de Asbury Park, New Jersey, tendo por pano de fundo o dia da Independência dos Estados Unidos, na naturalmente denominada 4th of July, Asbury Park (Sandy), de "The Wild, The Innocent & The E-Street Shuffle".
A lembrança desta música este ano deve-se aos recentes falecimentos de dois dos seus protagonistas: Danny 'Phantom' Federici, teclista da E-Street Band que providenciou ao tema o seu incontornável aórdeão - e que não resistiu a um cancro de pele, falecendo no dia 17 de Abril; e Madam Marie*, a 'bruxa' de Asbury Park, que a canção tornou famosa («And the cops finally busted Madam Marie/For telling fortune better than they do...»), falecida há uma semana.


4th of July, Asbury Park (Sandy), Bruce Springsteen
excerto do filme-concerto "Hammersmith Odeon, London '75" (2005)

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* podem ver algumas imagens de Asbury Park e da própria Madam Marie neste vídeo amador.
publicado por Olavo Lüpia às 16:25 | link do post | comentar
Terça-feira, 06.05.08

It's Hard To Be A Saint In The City


A foto acima é de Novembro de 1974 e a "constituição da equipa" é 2/3 fácil de fazer. A meio, a figura que parece um tio distante de Philip Seymour Hoffman é Ed Sciaky, à altura DJ da Rádio WMMR-FM, de Philadelphia.
É Sciaky quem telefona a Springsteen, no dia 24 daquele mês, dizendo que queria apresentá-lo a Bowie (após pedido do próprio Camaleão). Bruce apanha, então, um autocarro até à capital da Pennsylvania e conhece Bowie nessa noite nos estúdios da Sigma Sound - onde haviam decorrido as gravações do disco "Young American".
No dia a seguir, Springsteen grava uma mensagem de Natal para Sciaky e para a sua rádio à tarde e, pela noite, vai com aquele ver o espectáculo que Bowie daria no Spectrum de Philadelphia.
Bowie, talvez por timidez, não o disse, logo, Springsteen não o soube, mas o primeiro, durante as referidas gravações de "Young American", havia gravado uma versão de It's Hard To Be a Saint In The City, que viria a ficar de fora daquele disco. Esta cover apenas aparece, anos mais tarde, em algumas compilações [*].
Do original para a versão, o rock perde a negritude soul jazz do Springsteen inicial e ganha a cor, a lúxuria e o glam do Bowie dos meados dos 70's - bem patente, por exemplo, naquelas cordas irrequietas, nas raias da disco.

It's Hard To Be a Saint In The City - Bruce Springsteen
"Greetings from Asbury Park, N.J." (1973)

It's Hard To Be A Saint In The City [outtake de "Young Americans"] - David Bowie
"Sound + Vision" (1989)

[letra]
[fonte: Brucebase, 1974]
____________________________________
[* "Sound + Vision" (1989), "Alternate Biography" (1997), "The Best of David Bowie 1974-1979" (1998), entre outros, de Bowie; também surge no disco de homenagem a Springsteen "One Step Up/Two Steps Back: The Songs of Bruce Springsteen" (1997).]
publicado por Olavo Lüpia às 00:42 | link do post | comentar | feedbacks (5)
Quinta-feira, 17.04.08

A coisa mais bonita que vão ouvir nos próximos 5 minutos...


Esse acima é o Springsteen dos tempos da audição na Columbia Records (hoje, Sony), que se realizou em 03.05.1972 (ver também este postal antigo), onde, entre outras, o rapaz mostrou a John Hammond uma primitiva versão* de Mary Queen of Arkansas, que mais tarde haveria de aparecer - com algumas alterações - no seu fantástico disco de estreia, "Greetings From Asbury Park, N.J.", de 1973.
Nela se pode ver o romantismo (no bom sentido!) do jovem Springsteen, com a produção de algumas das mais belas frases do rock - e que lhe valeram, à altura, o incómodo rótulo de "novo Dylan".

Mary Queen of Arkansas - Bruce Springsteen
"Greetings From Asbury Park, N.J." (1973)
[letra]

________________________
* a primeira versão desta música, gravada nos estúdios da Colombia Records, pode ser encontrada na colectânea "Tracks" (1998)
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Domingo, 20.01.08

(Looking for) The Heart of Saturday Night, parte II



Ol' 55 - Tom Waits
"Closing Time" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 04:54 | link do post | comentar
Quinta-feira, 03.01.08

Dark Side of the Rainbow


Dos mais engraçados mitos que correm mundo relacionando música e cinema, acho bastante piada àquele a que se designou "The Dark Side of The Rainbow", "The Dark Side of Oz" ou "The Wizard of Floyd".
Para os que possam nunca ter ouvido falar disto, a receita explica-se assim: uma cópia a preto-e-branco (dizem que é melhor para a sincronização que a cópia a cores. Juro!) do "Feiticeiro de Oz" (1939); uma cópia do clássico "The Dark Side of The Moon" (1973) dos Pink Floyd. Modo de preparação: carregar no play do disco dos Floyd aquando ao 3.º rugido do leão da MGM.
Lembrem-se! Não é o 1.º rugido do leão da MGM (apesar de haver acólitos ferverosos que dizem que carregar no play nesta altura resolve alguns dos problemas de sincronização), muito menos o segundo rugido felino. «É o 3.º, estúpido!».
Coisas engraçadas (para além de outras): as passagens entre as primeiras músicas, de Breathe in The Air para On The Run, desta para Time até à cena do furacão que faz Dorothy (e a sua casa) voar para bem longe do Kansas e tem como banda sonora a faixa A Great Gig In The Sky e as vocalizações impressionantes de Clare Torry, criando um excelente efeito; a faixa Money entra em acção precisamente quando Dorothy abre a porta, revelando a estrada dos tijolos amarelos (yellow brick road) - altura em que o filme ganha cor.
Coisas um pouco mais engraçadas: os Floyd acham a teoria estapafúrdia, dizendo, desde logo, que há 35 anos não havia sequer meios em estúdio que permitissem a projecção do filme enquanto se gravava a música. Muito mais gira é a teoria de que o pessoal da MGM tinha uma máquina do tempo e foi aos anos 70 buscar uma cópia do "DSotM" e o trouxe de volta. Mas se calhar essas pessoas deviam era fumar tabaco, o que hoje em dia só se pode fazer na rua e faz muito frio.
Diga-se que, como é óbvio, o disco não apresenta a mesma duração do filme. O que fazer?
Também já surgiram muitas teorias sobre isto, desde o modo de repetição no leitor de cd's à rodagem subsequente de outros discos dos Floyd dos anos 70 [hipóteses já estudadas: a) o "Animals" (1977), seguido das faixas 2 e 5 do "Meddle" (1971) - sim, as faixas #2 e #5 e não outras. A sério; b) o mesmo "Animals" seguido do "The Wall" (1979); c) o "Wish You Were Here" (1975)].
Perguntam vocês: «E para quem não tem a paciência, ingredientes ou meios para fazer a experiência?». Não há problema, porque a net está aí para nos ajudar. Houve uma alma que se lembrou de fazer a sincronia e colocá-la nos vídeos do Google. Depois, bastou que o amigo Nande fizesse o favor de me enviar o link da coisa aqui há uns tempos, o que muito lhe agradeço.
Aqui fica:




(Para mais informações cliquem, por exemplo, aqui)
publicado por Olavo Lüpia às 01:58 | link do post | comentar | feedbacks (2)
Terça-feira, 04.12.07

Zappa In Regalia

Fez ontem 14 anos que o inetiquetável génio de Frank Zappa cessou de produzir ainda que esteja muito longe de se apagar. Por aqui faz-se uma pequeníssima parte.
Primeiramente, através de uma peça que sintetiza muito do que Zappa era: frases musicais que não passam pela cabeça de ninguém, arranjos extravagantes e a sensação de que está tudo fora da ordem normal... mas que só assim pode soar bem. E que bem que soa! Peaches en Regalia, numa versão ao vivo, que me parece ser dos anos 70, em vídeo - com o baterista Terry Bozzio em absoluto transe -, e o original de "Hot Rats" (1969), em áudio.


Peaches en Regalia (ao vivo), Frank Zappa

Peaches en Regalia - Frank Zappa
"Hot Rats" (1969)

Depois, uma música onde as características de cima se aplicam, acrescendo aquela tendência que Frank Zappa tinha para quebrar todas as regras musicais, como por exemplo, pôr um coro a cantar frases musicais rapidíssimas. Ninguém se imaginaria (pelo menos, seriamente) a fazer a maldade de colocar outrém a reverberar tal coisa com a voz...
É um dos maiores clássicos de Frank Zappa, que parte de uma premissa simples e lógica: uma mudança para o Montana para plantar uma cultura de fio dental e a consequente firme resolução de se tornar um "magnata do fio dental". Quem achar que não conhece Montana, que ouça e pense duas vezes se não há por ali uns riffs e melodias que já ouviu noutro local qualquer:


Montana, Frank Zappa
"Over-nite Sensation" (1973)

Caso para dizer, e citando o homem, «you can't do that on stage anymore»...
publicado por Olavo Lüpia às 01:57 | link do post | comentar
Domingo, 02.12.07

...


Paris 1919 (ao vivo), John Cale


"Paris 1919" (1973)

Paris 1919 - Final Fantasy
(ao vivo, 10.04.2007, Kingston, UK)
publicado por Olavo Lüpia às 18:27 | link do post | comentar
Quarta-feira, 11.07.07

Assustadoramente belo


Lost In The Flood, Bruce Springsteen
"Greetings from Asbury Park, NJ" (1973)

Vale a pena seguir a assombrosa letra desta canção.

«The ragamuffin gunner is returnin' home like a hungry runaway
He walks through town all alone
He must be from the fort he hears the high school girls say
His countryside's burnin' with wolfman fairies dressed in drag for homicide
The hit and run, plead sanctuary, 'neath a holy stone they hide
They're breakin' beams and crosses with a spastic's reelin' perfection
nuns run bald through Vatican halls pregnant, pleadin' immaculate conception
And everybody's wrecked on Main Street from drinking unholy blood
Sticker smiles sweet as gunner breathes deep, his ankles caked in mud
And I said "Hey, gunner man, that's quicksand, that's quicksand that ain't mud
Have you thrown your senses to the war or did you lose them in the flood?"

That pure American brother, dull-eyed and empty-faced
races Sundays in Jersey in a Chevy stock super eight
He rides 'er low on the hip, on the side he's got Bound For Glory in red, white and blue flash paint
He leans on the hood telling racing stories, the kids call him Jimmy The Saint
Well the blaze and noise boy, he's gunnin' that bitch loaded to blastin' point
He rides head first into a hurricane and disappears into a point
And there's nothin' left but some blood where the body fell
That is, nothin' left that you could sell
just junk all across the horizon, a real highwayman's farewell
And he said "Hey kid, you think that's oil? Man, that ain't oil that's blood"
I wonder what he was thinking when he hit that storm
Or was he just lost in the flood?
Eighth Avenue sailors in satin shirts whisper in the air
Some storefront incarnation of Maria, she's puttin' on me the stare
and Bronx's best apostle stands with his hand on his own hardware
Everything stops, you hear five, quick shots, the cops come up for air
And now the whiz-bang gang from uptown, they're shootin' up the street
And that cat from the Bronx starts lettin' loose
but he gets blown right off his feet
And some kid comes blastin' round the corner but a cop puts him right away
He lays on the street holding his leg screaming something in Spanish
Still breathing when I walked away
And somebody said "Hey man did you see that? His body hit the street with such a beautiful thud"
I wonder what the dude was sayin' or was he just lost in the flood?
Hey man, did you see that, those poor cats are sure messed up
I wonder what they were gettin' into, or were they just lost in the flood?»
publicado por Olavo Lüpia às 02:49 | link do post | comentar
Terça-feira, 26.06.07

Dancing days are here again...

Prepara-se a reunião de Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones dos Led Zeppelin, com o filho do malogrado John Bonham, Jason. A última reunião dos Led Zepp, já sem "Bonzo", deu-se com o Live Aid - na altura, com Phil Collins na bateria. Nos anos 90, Plant & Page gravaram juntos "No Quarter" (1994) e "Walking Into Clarksdale" (1998) e fizeram digressões.
A "desculpa", desta vez, é um concerto de homenagem ao fundador da companhia discográfica pela qual os Zepp gravaram os seus discos, a Atlantic. Ahmet Ertegun, de seu nome, faleceu no final de 2006, após passar vários anos em coma, em resultado de uma queda num concerto dos Rolling Stones (!!).
No meio das conversações ficou estipulado que, se tudo correr bem nesse concerto, os reunidos Led Zeppelin sairão para a estrada para uma digressão.

(fonte)

Heartbreaker, "Led Zeppelin II" (1969)

Friends, "Led Zeppelin III" (1970)

Four Sticks, "Led Zeppelin IV" (1971)

Dancing Days, "Houses of The Holy" (1973)

publicado por Olavo Lüpia às 02:51 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Sexta-feira, 25.05.07

Porque hoje é Sexta...

Espero bem, pelo vossa saúdinha, que este seja o mote para o fim de semana:
Dirty Love - Frank Zappa
"Overnite Sensation" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 03:40 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Terça-feira, 10.04.07

Grandes Músicas Grandes

Para quem não é profundo conhecedor e tem a sua ideia formada sobre Bruce Springsteen, tem aqui uma oportunidade para pensar duas vezes.
Pouco depois de Stairway To Heaven, pouco antes de Bohemian Rhapsody e umas décadas antes de Paranoid Android, Springsteen parte das ruas para compor um serenata de quase 10 minutos, com arranjos dos mais variados possíveis - cortesia do enorme David Sancious, na altura responsável pelo piano na E-Street Band.
Logo na introdução, há dedos a passar pelas cordas do piano, dramatismo clássico, que se transforma abruptamente em jazz de bar fumarento, que, por sua vez, dá lugar a um pop impoluto - e tudo isto em dois minutos!
A música em si parte desse pop para um leque de estilos impressionante: sinfonismo, jazz, momentos de pura soul e gospel... e, sempre, as personagens da rua (Rua E?), que contam as suas histórias e que acompanham a voz de Springsteen até "Born To Run" (1975), inclusivé.
Enfim, razões que nos prendem a esta serenata durante os seus curtos 10 minutos.


New York City Serenade, Bruce Springsteen
"The Wild, The Innocent & The E-Street Shuffle" (1973)
publicado por Olavo Lüpia às 01:50 | link do post | comentar
Quinta-feira, 16.11.06

E pró amigo do alheio, não vai nada, nada, nada?



Legenda: "Neste Estabelecimento não há (1)tabaco nem (2)dinheiro"

Que tempos nefandos estes em que as "vacas magras" se fazem sentir até para os (3)amigos do alheio...

(1)Cigarettes and Chocolate Milk - Rufus Wainwright, "Poses" (2001)
(2)Money - Pink Floyd, "The Dark Side of The Moon" (1973)
(3)2+2=5 - Radiohead, "Hail to The Thief" (2003)


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