Quarta-feira, 10.04.13

10/10 (dez-em-dez) - "Pet Sounds", The Beach Boys, 1966

 

1. Wouldn't It Be Nice 

2. You Still Believe In Me

3. That's Not Me

4. Don't Talk (Put Your Head On My Shoulder)

5. I'm Waiting For The Day

6. Let's Go Away For Awhile

7. Sloop John B

 

8. God Only Knows

9. I Know There's An Answer

10. Here Today

11. I Just Wasn't Made For These Times

12. Pet Sounds

13. Caroline No

publicado por Olavo Lüpia às 15:52 | link do post | comentar
Terça-feira, 12.03.13

10/10 (dez-em-dez) - "You Got My Mind Messed Up", James Carr, 1966

 

 

01. Pouring Water on a Drowning Man (2:39)

02. Love Attack (2:54)

03. Coming Back to Me Baby (1:59)

04. I Don't Want to Be Hurt Anymore (2:23)

05. That's What I Want to Know (1:56)

06. These Ain't Raindrops (2:35)

07. The Dark End of the Street (2:33)

08. I'm Going for Myself (2:24)

09. Lovable Girl (2:23)

10. Forgetting You (2:54)

11. She's Better Than You (2:22)

12. You've Got My Mind Messed Up (2:25)

publicado por Olavo Lüpia às 10:31 | link do post | comentar
Sexta-feira, 17.12.10

Porque hoje é Sexta...

 

 

Don't Believe In Christmas - The Sonics

"Merry Christmas" (1966)

 

publicado por Olavo Lüpia às 21:00 | link do post | comentar
Segunda-feira, 26.07.10

Blue Mondays...

Skip's Worried Blues, Skip James

Festival de Newport, 1966.

publicado por Olavo Lüpia às 10:23 | link do post | comentar
Quinta-feira, 06.05.10

Assustadoramente belo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Devil Got My Woman, Skip James

(ao vivo no Festival de Newport, 1966)

publicado por Olavo Lüpia às 12:38 | link do post | comentar
Sexta-feira, 19.03.10

Porque hoje é Sexta...

 

 

Killing Floor, Howlin' Wolf, "The Real Folk Blues" (1966)

The Lemon Song, Led Zeppelin, "Led Zeppelin II" (1969)

publicado por Olavo Lüpia às 01:44 | link do post | comentar
Quinta-feira, 10.12.09

O Fascínio pelo Assassino #10 - Hey Joe

Hey Joe é um tema celebrizado pela interpretação de 1966 da Jimi Hendrix Experience, contando a história de um crime passional - porque é que nunca se deu este caso prático nas faculdades de Direito portuguesas para se estudar a problemática 'homicídio qualificado vs homicídio privilegiado' é mais uma das coisas que nunca vou conseguir entender.

Estruturalmente, diga-se que a música é um bom suporte para a letra, tendo a sua progressão de acordes ascendente o dom de propulsionar o efeito dramático crescente da história, que começa pela intenção de matar, ao que se lhe segue o crime e a posterior fuga para o México para evitar o castigo.
 
A verdadeira autoria de Hey Joe é um tema bastante complexo, sendo que a 'doutrina' divide-se entre se tratar de uma música do folclore dos Estados Unidos ou uma música composta por Billy Roberts (em 1962, a partir de uma melodia tradicional), que registou os direitos de composição em seu nome.

A música foi passando 'de guitarra em boca' e vice-versa, tornando-se uma música recorrente no repertório do rock de garagem da Califórnia. A mais conhecida é a versão dos The Leaves. Perdão, três versões dos The Leaves, a primeira em 1965 (com o título Hey Joe Where You Gonna Go?) e as restantes em 1966 (já apodada de Hey Joe). Em baixo fica uma delas.

Hey Joe - The Leaves

Hendrix ouviu-a e, da mesma forma como faria com All Along The Watchtower de Dylan, tornou-a sua e definitiva, gravando-a em single em 1966 e fazendo-a constar do disco de estreia da sua Experience, "Are You Experienced?", do mesmo ano.

Hey Joe - The Jimi Hendrix Experience

Após a gravação de Hendrix, muita gente fez-lhe o mesmo, de Cher aos Body Count, passando pelos Byrds, Tim Rose, os Deep Purple 'and so on, back and forth'.

Frank Zappa optou por um caminho diferente e, em Punk Flower, do seu disco de 1968 "We're Only In It For The Money", toma-lhe o mote e o formato pergunta-resposta para brincar com o movimento floral dos 60's: «Hey, Punk, where are you goin' with that flower in your hand?/I'm goin' down to Frisco to join a psychadelic band...»

Flower Punk - Frank Zappa & The Mothers Of Invention

De todas as versões da canção, registe-se a versão de Patti Smith. Em 1974, Hey Joe foi o seu primeiro e óptimo single.

Hey Joe - Patti Smith
publicado por Olavo Lüpia às 01:55 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Quarta-feira, 14.01.09

Da inspiração - Blackwaterside e Black Mountain Side


Bert Jansch é um excelente guitarrista folk de origem escocesa que influenciou muitos outros guitarristas e músicos, como Donovan, Neil Young e, de forma mais patente, Nick Drake e Jimmy Page.
Foi precisamente com o já imortal mentor e guitarrista dos Zeppelin, cerca de dois meses mais velho que Jansch, que se originou uma querela por causa do tema Blackwaterside, que foi gravada por Bert Jansch no disco "Jack Orion" (1966) e creditada pelo mesmo como de raiz tradicional.
Sucede que Page gravou o tema Black Mountain Side no disco de estreia dos Led Zeppelin - que acaba de completar 40 anos -, e creditou-o em seu nome.
Jansch ficou tão satisfeito com a audição do tema por Jimmy Page como qualquer pessoa que acabasse de levar uma paulada na testa, não poupando no uso da palavra "roubo" e seus sinónimos e derivados. Page alega que Black Mountain Side é uma canção inspirada na tal canção tradicional e que era tocada por muitos artistas e bandas folk da altura. Tirem as vossas próprias conclusões...


Blackwaterside, Bert Jansch
"Jack Orion" (1966)


Black Mountain Side, Led Zeppelin
"Led Zeppelin" (1969)

No que toca aos Zeppelin, e depois de muitos avanços e recuos, não se espera que se voltem a reunir - com o filho de John Bonham, Jason, na bateria. Primeiro foi Robert Plant a fechar a porta. Ainda foi equacionada a possibilidade de se sair para a estrada com outro vocalista (e nessa altura, o nome de Chris Cornell foi falado), mas o projecto é, a esta data, uma miragem.

publicado por Olavo Lüpia às 00:22 | link do post | comentar
Quinta-feira, 13.11.08

09.07.1947-12.11.2008


Mitch Mitchell foi o fantástico baterista que propulsionou a elevada carga rítmica já de si inerente à música de Jimi Hendrix. Pegando nos elementos do jazz, do blues e do rock, Mitchell era uma prodigiosa síntese do que deve ser o baterista de uma banda rock, daí que acabasse por se tornar uma das maiores referências dos bateristas do estilo, não sendo de estranhar que muitos jovens mais ou menos impressionáveis tenham pegado nas baquetas depois de muito 'air drumming' ao som da Experience de Hendrix. E quem nunca praticou o 'air drumming' a ouvir Fire ou Manic Depression não pode gostar muito de rock...
Para a História fica ainda a experiência sonora do final do nada menos que sublime hino da era psicadélica Bold As Love, que fecha o segundo disco da Jimi Hendrix Experience, "Axis: Bold As Love", na qual o efeito flanger - normalmente reservado às guitarras e vozes - é aplicado pela primeira vez ao som da bateria, depois contagiando o resto dos instrumentos.

Manic Depression
Fire
The Jimi Hendrix Experience, "Are You Experienced?" (1967)
Bold As Love
The Jimi Hendrix Experience, "Axis: Bold As Love" (1967)
publicado por Olavo Lüpia às 13:40 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Terça-feira, 01.04.08

«Penso que Deus, em vez de lhe tocar no ombro, deu-lhe um pontapé no cu»*


Depois da «voz da geração», das frases para a Humanidade, de carregar uma idade equivalente a cinco vezes os vinte e alguns anos que a biologia lhe dizia e do posterior surrealismo e non-sense lírico; depois da Gibson acústica e da posterior Fender Telecaster eléctrica (na imagem) e do célebre "Judas!" que o afastou dos palcos por largo período de tempo, em suma, depois da tese e antítese, a síntese "Blonde on Blonde" (1966) encontra um Dylan entre o blues e o rock, a folk e a pop, remoendo as mulheres e/ou a relação dele com elas.
Bem características deste estado de coisas, encontram-se no disco as mais conhecidas I Want You ou Just Like a Woman, mas também Sad Eyed Lady of The Lowlands ou esta One Of Us Must Know (Sooner or Later).



[* tradução da frase que Bob Johnston proferiu no filme "No Direction Home" (2005), de Martin Scorsese, sobre a proficuidade e qualidade do trabalho de Dylan entre 1962 e 1966. No original: «I believe in giving credit where credit's due. I don't think Dylan had a lot to do with it. I think God instead of touching him on the shoulder he kicked him in the ass. Really. And that's where all that came from. He can't help what he's doing. I mean he's got the Holy Spirit about him. You can look at him and tell that».]
publicado por Olavo Lüpia às 00:54 | link do post | comentar
Terça-feira, 14.08.07

Céguinho!

«And now... for something completely different: a man with a tape recorder up his brother's nose!»...
Não. É só mesmo o José Feliciano, circa 1966, a interpretar um excerto de O Vôo do Moscardo (ou Flight of The Bumblebee) da Ópera "A Lenda do Czar Saltan" (acabada de compor e tocada pela primeira vez em 1900), de Nikolai Rimsky-Korsakov.


publicado por Olavo Lüpia às 15:12 | link do post | comentar
Sexta-feira, 29.06.07

Porque hoje é Sexta...

Rainy Day Women # 12 & 35, Bob Dylan
"Blonde on Blonde" (1966)
publicado por Olavo Lüpia às 04:35 | link do post | comentar | feedbacks (2)
Quarta-feira, 28.03.07

Dor de Corno

Em português e em inglês.
A traída e a traidora.
Primeiro, a perspectiva da "legítima", na voz de Maria João, que tem disco novo a ser lançado já no próximo mês, simplesmente denominado "João". Nele está incluído esta A Outra, tema que saiu também no primeiro triplo CD que o jornal Público pôs à disposição dos leitores, chamado "Ontem Hoje e Amanhã".
Neste novo disco, Maria João junta-se aos já nacionalmente bem conhecidos e excelentes músicos de jazz Yuri Daniel (baixo), Mário Delgado (guitarrista) e Alexandre Frazão (bateria e percussões), aos quais se junta Eleonor Picas (harpa), com o objectivo de recriar de várias músicas do cancioneiro popular brasileiro. Os arranjos musicais estão a cargo de Miguel Ferreira, teclista dos Clã e actualmente a tocar também com o Blind Zero, que também chama a si a produção, conjunta com Nelson Carvalho.
Fica a amostra.

A Outra

Depois, o retrato da amante, feito por Jessie Mae Robinson e cantado pela mítica Nina Simone, com The Other Woman, gravação de "Let It All Out", de 1966, um dos discos compilados no excelente quádruplo "Four Women: The Nina Simone Philips Recordings", editado pela etiqueta Verve, em 2003.

The Other Woman
publicado por Olavo Lüpia às 00:44 | link do post | comentar
Quarta-feira, 22.11.06

10/10 (dez-em-dez) - "Revolver" (1966)

(Tendo saído agora o disco "Love", com a produção de George Martin e filho, lembrei-me deste verdadeiro clássico)



40 anos tem este disco. E não parece nada. Se tivesse sido editado esta semana, continuaria a ser um disco actual e fabuloso.
Os Beatles já tinham entrado na "fase estupefaciente" e, relacionado ou não com isso, dão passos na construção musical que estão muito à frente do seu tempo. Com ele, os Beatles fazem um verdadeiro tratado de composição pop, que havia dado os seus primeiros sérios fogachos no anterior "Rubber Soul" (1965).
Nele existe uma grande variedade de estilos, todos executados de forma perfeita e inovadora. Depois, há que falar no psicadelismo, bem patente em músicas como Love You To, She Said She Said ou Tomorrow Never Knows. Patente também em "Revolver", a crescente marca de George Harrison, na guitarra e na composição, contribuindo com três músicas - das melhores do disco (Taxman, Love You To e I Want to Tell You).
Continuam a existir aquelas baladas tão características dos Beatles, desta vez, no seu estado final de apuramento, como Eleanor Rigby, Here There and Everywhere ou For No One.
Por fim, a magistral produção de George Martin, que, face a uma torrente de sons e de ideias, conseguiu encontrar a melhor forma para as músicas "respirarem".

Forçado a escolher apenas alguns temas do disco, excluí à partida canções que toda a gente conhece, como a magistral Eleanor Rigby (uma lição perfeita e final de composição pop para cordas), Here There and Everywhere ou o óbvio Yellow Submarine, e optei pelas que seguem.
O rock-funk de Taxman, que abre o disco, tem uns excelentes riffs de guitarra de McCartney e uma irresistível linha de baixo de Harrison, que compôs a música - não, não é engano, é mesmo Paul na guitarra e George no baixo!
Love You To. A marca registada de George Harrison nos Beatles: a melodia oriental, o uso da cítara (e tudo o que, com ela, ele roubou a Ravi Shankar). Pop de raiz indiana era coisa que, como se pode imaginar, não existia nos 60's... até aos Beatles, mais concretamente, a George Harrison.
For No One é a música que muitos dos actuais nomes da pop gostavam de ter composto. As melodias das estrofes e refrão são fantásticas, principalmente quando se pensa que estamos nos anos 60 e não havia Beatles que os pudessem inspirar, não sei se me faço entender... O que hoje é banal, é-o porque estes 4 o fizeram antes e de forma tão perfeita que, 40 anos depois, nada há a acrescentar-lhe.
Lá para o final do disco, chega a jóia do disco. Aquela que é, provavelmente, a música mais inacreditável de todos os tempos! Tomorrow Never Knows é um OVNI. Remeto, quanto a esta música, para o que já havia escrito aqui.
Trata-se, em conclusão, de um disco intemporal e extraordinário, que é considerado por muitos como o melhor disco de sempre. E tudo isto em 35 minutos...

Taxman
Love You To
For No One
Tomorrow Never Knows
publicado por Olavo Lüpia às 00:57 | link do post | comentar | feedbacks (1)
Quarta-feira, 20.09.06

Ainda dizem que a droga não faz bem?!!

The Beatles.
Provavelmente, a melhor banda de todos os tempos!
Dos cabelinhos com franjinha ridícula aos ácidos. Da roupinha preta e branca ao arco-íris "farpelar". De Love Me Do a I Am The Walrus...
Revolver ('66), Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band ('67), Magical Mistery Tour ('67) e o White Album ('68) - entre outros - são discos absolutamente fulcrais para o entendimento da música moderna como a nossa geração a herdou.
Curiosamente, a relevância musical da banda é directamente proporcional ao consumo de drogas dos seus membros:
- John começou a inspirar-se numa Lucy in the Sky with Diamonds (e, depois, no "matraquilho" Yoko Ono);
- Paul começou a fumar ganza como se não houvesse amanhã, para além dos ácidos da praxe (claro), e a compor música MESMO a sério - ou, nas palavras de Cavaco Silva, «música do c$%alho...»;
- George Harrison descobriu a cítara e o Ravi Shankar... e a guitarra dele começou a chorar suavemente;
- Ringo, que sempre se sentiu triste por lhe terem dado nome de cão e por não saber muito sobre o que era essa coisa de "tocar bateria", começou a usar as poucas noções de percussão que tinha... para o Bem!

Depois deste intróito pateta - como, aliás, todos os outros -, deixo-vos duas propostas.
A Tomorrow Never Knows, do Revolver (não, não se trata de uma sequela do novíssimo filme do Almodovar - que piada horrível...). É um marco incontornável da era psicadélica, exponenciada pela cena de S. Francisco dos finais dos 60's, com artistas como os Grateful Dead, Jefferson Airplane, The Mothers of Invention de Frank Zappa, Captain Beefheart ou Janis Joplin, passando pelo Verão do Amor ('67), culminando com o Woodstock, em Agosto de '69 .
Coincidência ou não, é em S. Francisco, no Candlestick Park, em 29 de Agosto de 1966, que os Beatles fazem o seu concerto de despedida. Em conversa com McCartney, ele disse-me o porquê de tão precoce despedida: «Eh, pá... Olavo, o povo berrava muito. Então, as gajas... Dassssssss! Eu não ouvia nada do que estava a fazer nem do que os outros tocavam. Quer dizer, no caso do Ringo até nem era mau, mas....». Ringo, himself, coçou a barba e ficou a olhar para o ar durante 7 minutos, até que acordou e disse, com um ar sábio: «Num me lembro...».
De qualquer forma, a música está fora do seu tempo. Muuuuuito à frente. Genial.

A segunda proposta é o Strawberry Fields Forever, do Magical Mistery Tour ('67), e não merece epíteto menor.
Uma obra de arte.
Nas palavras do Prof. Marcelo, «F...-se, Olavo! Essa música é o puto do fim do mundo».
Juro.
(Agora vou pedir aos meninos da minha mailing list para serem pacientes e ouvirem isto outra vez. Desculpem)
Propunha-vos três passos para se ouvir este "bocadinho de história", que são os seguintes:
1.º Ouçam a música só com a coluna da esquerda; depois
2.º Ouçam só com a da direita; (ou vice-versa) Por fim,
3.º Ouçam a música de forma normal, como a conhecem.

Impressionante, não é?... A mistura está feita de uma forma esquisitíssima e, no fundo, são 3 músicas numa só!
Ainda dizem que a droga não faz bem...

Tomorrow Never Knows
Strawberry Fields Forever

P.S. Nenhum Ringo Starr foi morto ou mal-tratado na redacção deste texto.
publicado por Olavo Lüpia às 00:25 | link do post | comentar | feedbacks (3)

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