5 feedbacks:

Anónimo a 21 de Setembro de 2006 às 09:34
Então cá vai:

alguns dias antes desse concerto de 2002 também participei da histeria colectiva que se viveu a sul no Coliseu de Lisboa com Thom Yorke e seus amigos.
Este concerto ficou naturalmente na lista dos 5 melhores de sempre, de onde me lembro para sempre do coro ensurdecedor em Karma Police, para além do referido Paranoid Android, que alguém já comparou, com justiça, à versão indie e nineties do Bohemian Rapsody dos Queen...
"Cruzo-me" frequentemente com este Ok Computer - ultimamente com o álbum a solo de Yorke, "Eraser", conforme prova junta:
http://omaquinista.blogspot.com/2006/07/rias-mesmo.html
JC a 21 de Setembro de 2006 às 12:52
Posso afirmar mesmo que foi o melhor concerto da minha vida. Não foi, porém, o OK Computer, mas os própios Radiohead que mudaram uma série de coisas. Passou a haver de novo gente que tem sucesso escrevendo canções e não meras músicas, cujas letras não interessam nada. Acho que não havia nada assim no panorama musical (isto é para mim e não estou a falar de uma série de bandas de culto, patamar que os Radiohead ultrapassaram já, muito embora continuem a sê-lo) desde que os Pink Floyd (mais uma vez para mim) acabaram com o muito injustamente desprezado Final Cut. No final, pela rua Passos Manuel acima só se escutavam merecidos e sinceros epítetos de grandez ao que acabaramos de assistir, prefixados ou não do mais colorido vernáculo.
Passado algum tempo, pude escutar também, em Guimarães, no festival de jazz, o Brad Meldhau a tocar a toca-la e foi quase como se todo o fantástico concerto que nos ofereceu fluísse para esse momento. Houve êxtase entre alguns cultores do género que não sabiam de quem era aquela música. E Brad voltou à carga, agora, no seu mais recente "The day is done" (outra maravilhosa canção, esta de Nick Drake), ao desconstruir "Knives Out". Sublimes momentos.
Sãozinha a 21 de Setembro de 2006 às 23:41
Sob pena de ser morta e estraçalhada num qualquer auto de fé, gosto dos Radiohead até ao OK Computer. E aprecio grandemente o Pablo Honey, que é um grande e honestíssimo disco de rock. Não farei assim parte da legião de fãs que pulula por aí em êxtase, apesar de reconhecer e compreender a grandeza de que todos falam. Assim sendo, e mesmo com graves problemas de som, foi com enorme satisfação que os ouvi este ano no Sziget, festival húngaro (antes desta festa que eles para lá andam a fazer agora). Vibrei mais quando foram tocados temas do The Bends, por exemplo.Talvez se tivesse ido a um concerto dos dois primeiros álbuns, diria que eram os concertos da minha vida.
Thom Yorke a 22 de Setembro de 2006 às 12:58
Sãozinha: vais morrer.
Sérgio a 26 de Setembro de 2006 às 01:48
Pois é meu querido, esta é uma daquelas que ensinam os ouvidos a chegar mais longe, a dar rodopios inimagináveis, a conhecer novas formas e cores. Também os meus ouvidos mudaram e cresceram com o OK Computer, e também eles se uniram ao resto dos sentidos em desvairada celebração nessa noite de Julho.
Há pequenos recantos onde sabe sempre bem voltar. "Não se deve voltar ao sítio onde já se foi feliz"? Badamerda, usem-se e abusem-se os caminhos de alegria e da perfeição, gastem-se neles as solas dos sapatos. Eu não abdico do sorriso, eu não prescindo do encantamento. Beijos;)